A investigação de paternidade é uma questão de extrema relevância no Direito de Família, não apenas do ponto de vista jurídico, mas também emocional e social. No Brasil, cerca de 30% das crianças nascidas não têm o nome do pai registrado em suas certidões de nascimento, o que pode afetar profundamente a identidade da criança e o exercício de seus direitos.
Quando um pai não reconhece a paternidade de um filho, seja por questões de convivência ou por desconhecimento de que é o genitor biológico, a criança fica privada de diversos direitos, como o direito à herança, a acesso a benefícios de saúde e, principalmente, o direito de saber sua história. Além disso, a não paternidade pode gerar um vazio afetivo significativo na criança, afetando seu desenvolvimento emocional e psicológico.
A ação de investigação de paternidade pode ser realizada de forma amigável ou judicial. Quando é feita judicialmente, um exame de DNA pode ser solicitado, sendo este um método altamente preciso. Embora esse processo seja técnico, é importante considerar o impacto emocional tanto da mãe quanto do filho, que muitas vezes vivenciam a incerteza e a ansiedade em relação ao resultado.
É crucial que a sociedade e os profissionais de direito compreendam a importância de promover o reconhecimento de paternidade de maneira respeitosa e humanizada. A formalização do reconhecimento desde o início pode evitar sofrimentos futuros e garantir que a criança cresça com todos os direitos assegurados. Além disso, verdadeira paternidade vai além do papel. É a presença, o cuidado e o amor. Portanto, incentivar o reconhecimento e o envolvimento do pai não só no papel jurídico, mas também no papel afetivo, é essencial para o bem-estar da criança.